Escola Superior de Aviação Civil

Conheça Isadora, a primeira instrutora de voo proveniente da Faculdade EJ

“Eu fui pessoalmente com meu currículo embaixo do braço. Pedi para conversar com o supervisor da base e disse que queria trabalhar lá”, relembra a carioca Isadora Broseghini, 28, sobre o dia que resolveu bater na porta da TAM, no aeroporto Santos Dumont, atrás de uma vaga no atendimento, no balcão check-in da companhia aérea. Para trás ela deixou o quinto período do conceituado curso de jornalismo na UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, e um estágio promissor no jornal O Povo, na editoria de esportes, onde já cobria concorridas coletivas com técnicos de futebol, apresentações de novos jogadores, entre outras atividades dos clubes cariocas. “Não agradou muito minha família”, conta rindo sobre sua mudança repentina de rumo.

Ela conseguiu a vaga. Se aproximar do aeroporto era um chamado que estava no sangue, mas adormecido até os 22 anos de idade. Seu avô por parte de mãe, Nelmiro, por mais de 30 anos foi comissário de voo, primeiro da Loide Aéreo e posteriormente na Varig, onde voou até se aposentar. Em sua carreira foi tripulante de diversos aviões, entre eles, os lendários Douglas DC-3, avião da segunda guerra mundial, passando para a era do jato, entre diversos aviões, até finalizar no Boeing 747. Sua mãe, Izabella, também foi comissária da Varig, e seu pai, André, é um experiente piloto de helicópteros. “Por mais que eu tivesse no meio da aviação, nunca tinha imaginado essa profissão”, afirma.

No Check-In trabalhou por um ano. Queria estar em contato com os aviões e o clima de aeroporto, entendendo mais, e juntando dinheiro para o curso de piloto privado. Sua família mudou-se para os EUA e Isadora seguiu junto. Lá ela fez o curso de piloto privado, na Newport Aviation, em Middletown, cidade próxima a a Boston. “No padrão de ensino e exigência, ambas estão no mesmo patamar”, compara Isadora a instrução prática nos EUA e na EJ.

Na volta, há dois anos, foi conhecer a EJ através um amigo do Rio de Janeiro que já era instrutor voo em itápolis, e resolveu seguir com seus estudos no interior de São Paulo. “Logo que cheguei fiquei maravilhada com a estrutura da escola e o ambiente. Aqui realmente respira a aviação”, relembra.

Convalidou a habilitação de piloto privado, da FAA, dos EUA, para a brasileira, e logo iniciou o curso de piloto comercial, seguido da especialização para se tornar instrutora de voo. Enquanto estudava, conseguiu um emprego na EJ Store, lojinha da escola, em Itápolis, que vende desde camisetas de aviação a materiais de estudo.

Quando surgiu a EJ - Escola Superior de Aviação Civil, no ano passado, foi uma das primeiras a se matricular, logo na primeira turma. “Decidi unir o útil ao agradável”, afirma. Está agora no terceiro período. De dia trabalha como instrutora de voo prático, e a noite é aluna das aulas da faculdade. “Os alunos voam no período da tarde a noite vão para a aula na faculdade, tudo no mesmo campus. A única faculdade no Brasil que oferece essa oportunidade. As aulas e os professores são incríveis, com vasto conhecimento na aérea. E é uma faculdade de apenas 2 anos. Então neste tempo o aluno já sai completo para o mercado de trabalho. Foi a melhor escolha que eu fiz”, afirma.

Desde março deste ano já é instrutora de voo prático. Já soma 375 horas ministrando aulas de pilotagem e 670 horas totais de voo. “Uma vez chegando à sala de briefing, todas as pessoas no local eram mulheres. Três duplas de instrutoras e alunas. Fiquei muito feliz pois realmente o número está crescendo, e estamos quebrando barreiras”, comenta sobre o avanço feminino na aviação.

Na família, o primeiro a apoiar, foi o avô Nelmiro, desde o começo. “Ele sempre foi meu maior fã e incentivador. Ficou muito feliz com a minha escolha”, finaliza.



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